RO deve exportar mais de 2 mil quilos de guaraná orgânico para a Europa

RO deve exportar mais de 2 mil quilos de guaraná orgânico para a Europa

Há mais de 20 anos produzindo café em sua propriedade na cidade de Alto Paraíso (RO), localizada há 200 quilômetros de Porto Velho, a família Lemke viu na produção do guaraná orgânico a oportunidade de aumentar os rendimentos e oferecer um produto que não ofenda a saúde dos consumidores finais. Os produtos orgânicos são cada vez mais exigidos pelos consumidores brasileiros e europeus pelo fato de não utilizarem nenhum tipo de agrotóxico na sua produção. A família espera exportar 500 quilos de guaraná orgânico na safra deste ano. Até dezembro, cerca de dois mil quilos de guaraná orgânico, como os produzidos pela família Lemke, devem ser exportados para a Europa, de acordo com a Cooperativa de Produtores Rurais Organizados para Ajuda Mútua (Coocaram), sediada em Ji-Paraná.

Ao G1, Wilson Lemke explica como se tornou referencia na produção do guaraná orgânico no estado trabalhando em sua propriedade de médio porte em uma produção que é praticamente toda manual. “O guaraná é um produto diferente no plantio e colheita, pois é necessário retirar o fruto todos os dias, diferente do café, que amadurece pelas ramas, ele não dá tudo de uma vez, daí o trabalho é contínuo e manual”, explica o produtor.

 

Produção
Lemke, que recebeu a certificação orgânica há dois anos – custeada através da cooperativa dos produtores  – fez um processo de plantio baseado em um consórcio, onde se planta o guaraná ao lado do café e de castanha, fortificando o solo e protegendo as folhas do sol em excesso. “Há alguns anos vieram uns técnicos em produção de guaraná e nos ensinaram que esta forma de plantio aumentaria a qualidade do produto orgânico que produzimos e comercializamos”, revela Wilson.

Após as primeiras chuvas de agosto os frutos começam a se desenvolver e logo após abrem o chamado “olho”, ficando pronto para a colheita manual. Após a colheita o fruto passa por um processo de fermentação. Em seguida, uma máquina desenvolvida pela própria cooperativa retira as cascas do guaraná que posteriormente é torrado por cerca de oito horas.

Depois da secagem, o guaraná vai para os sacos de 60 quilos e já está pronto para ser enviado para a sede da Coocaram em Ji-Paraná, onde passa pelo processo de industrialização e embalagem para comercialização.

 

A cooperativa
A Coocaram  conta com aproximadamente 300 associados entre produtores de café e guaraná orgânico e funciona como uma ponte entre o produtor e consumidor final, fazendo todo o processo de industrialização e embalagem para exportação do produto.

Segundo o gerente de comercialização da cooperativa, Leandro Dias, a credibilidade junto ao mercado internacional vem aumento consideravelmente, assim como o consumo de guaraná orgânico.

Dias explica ainda que a cooperativa deve exportar dois mil quilos de guaraná para a França em dezembro e que disponibiliza um técnico especializado no auxílio aos produtores em Rondônia. “Antes não era rentável para o produtor, pois eles não tinham conhecimento das técnicas de produção e colheita e perdiam muito no plantio”, afirma.

Segundo a Coocaram, a cidade de Alto Paraíso tem cerca de 60% dos produtores de guaraná do estado.

 

Fonte:G1

guaraná

Marcos Neris

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