Cujubim: AGRICULTORAS PRODUZEM GÁS DE COZINHA E FERTILIZANTE A PARTIR DE ESTERCO

Cujubim: AGRICULTORAS  PRODUZEM GÁS DE COZINHA E FERTILIZANTE A PARTIR DE ESTERCO

Um projeto destinado às mulheres está mudando a vida de 20 famílias no interior de Rondônia. A produção de biogás a partir de esterco de animais e biofertilizantes com os resíduos tem feito a diferença no campo. O Rondônia Rural mostrou esta semana exemplos dessas mulheres, que com a pecuária sustentável estão ajudando a melhorar a renda e contribuir com o meio ambiente.

A rotina da família da dona Lorena Munari na área rural de Cujubim (RO), distante cerca de 230 quilômetros de Porto Velho, começa cedo. Ela é quem coordena e ordena as cinquenta vacas leiteira. O marido ajuda no processo manual, quando a energia elétrica vai embora. O filho do casal também tira o leite e cuida do manejo dos animais.

Lorena foi escolhida para participar de um projeto que aproveita o esterco do curral na produção de gás de cozinha. “Primeiro a gente prende as vacas, tira o leite delas, aí depois que terminar de tirar o leite que a gente vai limpar o curral. Não [me importo de limpar o curral] porque limpar lá a gente já tinha que limpar todo dia, já fazia aquele serviço, então o que que custa colocar na carriola e trazer? Não custa nada. Aí traz pra cá pra colocar dentro do biodigestor”, explica Lorena.

A produtora também explica que uma carriola (carrinho de mão) é o suficiente para, junto com água, preparar a mistura que vai parar no biodigestor, onde é produzido o gás de cozinha.

O gás é produzido dentro de um balão, resultado da ação de bactérias. Em outro reservatório fica o gás já filtrado que vai para o fogão por meio de mangueiras. Uma bomba elétrica ajuda nesse processo. A chama azul é igual ao gás GLP convencional, mas a economia gerada para a família é bem maior.

“Antes o meu gasto era grande porque [usava] duas botijas de gás todo o mês, e hoje desses sete meses pra cá eu coloquei uma botija só no outro fogão. Tem que ter porque se acaba a energia eu não posso usar. O dinheiro que eu gastava pra comprar esse gás eu já posso comprar outra coisa. Deu uma economia boa porque uma botija custa R$90. R$180 eu gastava todo mês. Com esse dinheiro eu posso comprar um saco de milho a mais, um saco de farelo a mais para tratar da criação. Então eu acho que é muito bom”, comenta.

Marcos Neris

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *