Dólar fecha em queda de mais de 2% nesta quarta

Dólar fecha em queda de mais de 2% nesta quarta

O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (14), mas ainda acima de R$ 3,80, acompanhando a queda da moeda nos mercados externos diante da percepção de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode elevar os juros somente em 2016 em meio a uma rodada de dados fracos nos Estados Unidos e na China, favorecendo mercados emergentes.

A moeda norte-americana encerrou em queda de 2,08%, a R$ 3,8126 na venda, anulando boa parte do avanço de 3,58% registrado na véspera, a maior alta diária em mais de quatro anos. Veja a cotação.

No mês, a divisa acumula queda de 3,86%. No ano, porém, a valorização é de 43,4%.

Operadores não descartavam a possibilidade de o real voltar a ser pressionado por preocupações locais, destaca a Reuters.

“Todo este quadro de indefinição da cena política, que prejudica e posterga cada vez mais o ajuste fiscal e a retomada do crescimento do Brasil, leva o investidor para um cenário de aversão ao risco e a procura por segurança no dólar”, escreveu o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik em nota a clientes.

Dólar em outubro
Veja a variação do valor de fechamento em R$
3,96554,00243,94573,90083,84293,87713,79313,75883,89353,8126cotação30/0901/1002/1005/1006/1007/1008/1009/1013/1014/103,73,753,83,853,93,9544,05
Gráfico elaborado em 14/10/2015

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h09, caía 0,34%, a R$ 3,8801.
Às 9h29, caía 0,37%, a R$ 3,8791.
Às 9h49, caía 0,99%, a R$ 3,8546.
Às 10h29, caía 0,49%, a R$ 3,8743.
Às 10h59, caía 1,05%, a R$ 3,8526.
Às 11h25, caía 0,93%, a R$ 3,8571.
Às 11h59, caía 0,95%, a R$ 3,8564.
Às 12h59, caía 1,46%, a R$ 3,8366.
Às 14h09, caía 1,36%, a R$ 3,8403.
Às 14h30, caía 1,48%, a R$ 3,8358.
Às 14h55, caía 1,04%, a R$ 3,8531.
Às 15h20, caía 1,37%, a R$ 3,8402.
Às 15h45, caía 1,37%, a R$ 3,8401.
Às 16h15, caía 1,68%, a R$ 3,8281.

Cenário externo
Dados fracos sobre a inflação na Chinaalimentaram apostas de que a desaceleração da segunda maior economia do mundo esteja respingando sobre os EUA, o que daria argumentos para o Fed manter os juros quase zerados até o ano que vem.

 

Além disso, dados nos EUA também corroboraram essa visão. Os preços ao produtor nos país recuaram 0,5% em setembro, queda bem maior do que a baixa de 0,2% projetada por analistas em pesquisa da Reuters. Já as vendas no varejo subiram 0,1% no período, contra expectativas de alta de 0,2%.

A possibilidade de o Fed não elevar juros neste ano sustenta a atratividade de ativos de países emergentes, que oferecem rendimentos maiores. Nesse contexto, a divisa dos EUA perdia terreno em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.

Mais tarde, o Livro Bege do Fed, que compila informações sobre a atividade de negócios coletadas em todo o país, mostrou que contatos empresariais do banco central norte-americano entendem que a economia dos EUA vem sofrendo com a alta do dólar, dando mais combustível para a perspectiva de manutenção dos juros.

A possibilidade de o Fed não elevar juros neste ano sustenta a atratividade de ativos de países emergentes, que oferecem rendimentos maiores. Nesse contexto, a divisa dos EUA perdia terreno em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.

“Nas últimas semanas o cenário externo tem amortecido a pressão local, mas não vejo muito espaço para o dólar continuar caindo”, disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Nesta quarta, o Banco Central deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou US$ 4,606 bilhões, ou cerca de 45% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

Entenda o que é swap cambial, leilão de linha e venda direta

Fonte:g1

Marcos Neris

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