FAZENDEIROS CRITICAM POSTURA DA CANAÃ GERAÇÃO DE ENERGIA S/A E EXIGEM INDENIZAÇÃO POR TERRAS ALAGADAS

FAZENDEIROS CRITICAM POSTURA DA CANAÃ GERAÇÃO DE ENERGIA S/A E EXIGEM INDENIZAÇÃO POR TERRAS ALAGADAS

A construção de uma das três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em Ariquemes provocou uma reação crítica dos fazendeiros e proprietários de sítios na Linha C-35 na divisa com Cacaulândia. A empresa responsável pelos empreendimentos, Canaã Geração de Energia S/A, começou a causar prejuízos aos produtores e pecuaristas com a formação do lago, causando inundação nas terras produtivas.

“Os representante da empresa procuraram alguns e outros não e na maioria querem indenizar por valor menor de mercado”, explicou uma fazendeira da região, que não sabe o que fazer para sustentar as 5 mil cabeças de gado com sua área continuamente inundada.

Uma audiência pública no mês de setembro foi realizada pelos órgãos de controle ambiental, mas acabou em resultado negativo. O diretor do consórcio, Valmor Alves, reclamou das dificuldades da obra na clara tentativa de reduzir o pagamento das compensações ambientais e os danos causados ao patrimônio dos proprietários rurais. A PCH Canaã é financiada pelo Banco da Amazônia (Basa).

Das três PCHs, duas ficarão no Rio Canaã, e uma no Rio Jamari. Afetando três municípios:- Ariquemes, Monte Negro e Cacaulândia. Juntas gerarão 57 MW. O que representa 0,88% (menos de 1%) dos 6.450 MW da geração das duas hidrelétricas que estão sendo construídas no Rio Madeira.

Do ponto de vista da necessidade de energia de Ariquemes e região, os impactos ambientais, sociais e econômicos negativos apontados e parcialmente discutidos na audiência, não compensam a construção das PCHs na região.

As PCHs terão uma área de influência e controle de até 1.000 metros de cada margem dos 3 lagos que serão formados, tendo restrições de uso e condicionantes para sua conservação, que recairão em cima dos proprietários destas terras.

Em Ariquemes, a PCH que está sendo construída no Rio Jamari, está dentro do perímetro urbano da cidade, e sua área ocupada terá restrição de uso e ocupação.

Fonte: RONDONIAGORA

Autor: RONDONIAGORA

Marcos Neris

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