Polícia deve fazer busca por corpo de jovem desaparecida em garimpo ilegal

Polícia deve fazer busca por corpo de jovem desaparecida em garimpo ilegal

A Polícia Civil de Pontes e Lacerda, distante 483 km de Cuiabá, deve fazer buscas na área de garimpo ilegal conhecida como ‘Nova Serra Pelada’, naquele município, em busca do corpo da jovem Paula Andressa, de 29 anos, que desapareceu no começo do mês. A área, que havia sido ocupada pela terceira vez em dezembro, foi desocupada na terça-feira (24) após ação de forças policiais.

Segundo os familiares da jovem, o último contato com Paulo foi feito por telefone no dia 3 de janeiro. Ela saiu de São José das Palmeiras (PR) e morou no Pará antes de tentar a sorte na área de garimpo.

De acordo com o delegado Gilson Silveira, com a desocupação o Corpo de Bombeiros, com o auxílio de cães farejadores devem se deslocar até a Serra da Borda para realizar as buscas. “Tivemos a informação de que há um corpo enterrado em um local do garimpo. Ainda não há confirmação de que o corpo é da jovem desaparecida”, afirmou.

O desaparecimento da jovem é investigado e a hipótese de assassinato não é descartada. “Não podemos afirmar que ela esteja morta, mas o caso ainda é tratado como desaparecimento”, disse.

Na casa da jovem, a polícia encontrou apetrechos usados para a atividade garimpeira e pingos vermelhos, semelhantes a sangue. “O que se pode afirmar com certeza é que ela estava envolvida com pessoas que estava realizam a atividade de forma ilegal”, declarou o delegado.

Paula Andressa Gregório se mudou para Pontes e Lacerda em busca de ouro (Foto: Reprodução/ Facebook)Paula Andressa Gregório se mudou para Pontes e Lacerda em busca de ouro (Foto: Reprodução/ Facebook)

O caso
Paula morava em uma casa alugada e havia afirmado à família que pretendia ir embora assim que o aluguel vencesse, no dia 10 de janeiro. “Ela [Paula] pretendia voltar para o Paraná, porque precisava fazer tratamento”, disse Rafaelyn Gregório, prima da jovem.

Segundo Rafaelyn, nada foi levada da casa de Paula. “Tudo na casa dela estava intacto, as bolsas, os móveis, R$ 200 que ela tinha pegado emprestado com um amigo. Até os remédios que ela toma e que são controlados estavam na casa”, contou, explicando que a prima havia sido diagnosticada com depressão de terceiro grau e estava em tratamento.

O último contato da jovem foi feito com a mãe por telefone. “A ideia dela [Paula] era continuar o tratamento perto da família, por orientação da médica dela”, afirmou a prima.

Antes de se mudar para a área de garimpo, Paula morou em Novo Progresso (PA) e montou uma funerária. Para ir em busca de ouro, no entanto, ela vendeu o estabelecimento e se mudou para Pontes e Lacerda.

Fonte:G1

Marcos Neris

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