Confúcio diz que vai agilizar proposta para os trabalhadores em educação

Confúcio diz que vai agilizar proposta para os trabalhadores em educação

O governador Confúcio Moura disse que vai determinar aos secretários integrantes da MENP – Mesa de Negociação Permanente que agilizem a apresentação de proposta visando ao atendimento das reivindicações dos trabalhadores em educação.
O anúncio foi feito pelo próprio governador na tarde deste sábado, dia 10/03, em Ariquemes, em uma reunião marcada de urgência.

A reunião foi intermediada pelo deputado estadual Lazinho da Fetagro (PT), que entrou em contato com o governador e pediu que ele recebesse a diretoria do Sintero em audiência.

Segundo o deputado, o governador respondeu que só receberia duas pessoas e que teria que ser ainda no sábado, naquele mesmo momento. O parlamentar, então, telefonou para a presidente do Sintero, Lionilda Simão, relatando a possibilidade de conversar diretamente com o governador Confúcio Moura.

A presidente do Sintero pediu para que uma reunião fosse agendada com a possibilidade de ter a participação de toda a Diretoria e de representantes das Regionais.

Diante da resposta negativa e da possibilidade única de relatar diretamente ao governador os problemas e as reivindicações dos trabalhadores, e cobrar uma solução, a presidente do Sintero pediu para que pelo menos quatro diretores do sindicato participassem do encontro.

Assim, participaram da reunião a presidente do Sintero Lionilda Simão, as diretoras da Executiva Dioneida Castoldi (Secretária Geral) e Maria de Fátima Rosilho, a Fatinha (Secretária de Políticas Sociais e Saúde do Trabalhador), e o diretor da Regional Estanho, Edson Luiz Fernandes.

A presidente do Sintero disse ao governador que os trabalhadores em educação passam por um dos piores momentos com salários defasados e falta de valorização, que as leis do piso nacional, do Plano Estadual de Educação e do Plano de Carreira não estão sendo cumpridas, e que o tratamento à categoria é desumano.

Foi repassado ao governador um levantamento que demonstra as perdas salariais dos trabalhadores em educação desde o início do seu primeiro mandato, em 2012.

Um professor Classe C ganhava em 2012 R$ 1.904,78 no vencimento, enquanto o Piso Nacional era de R$ 1.451,00. Ou seja, o vencimento do professor classe C era 31,27% maior que o piso.

O vencimento do professor classe C em 2018 é de R$ 2.218,00, ou seja, 10,7% inferior ao piso nacional, que está em R$ 2.455,00
Se o governo do estado tivesse acompanhado os reajustes do Piso Nacional, hoje o vencimento inicial do professor classe C seria R$ 3.223,17, ou seja, 45,3% maior do que é pago atualmente.

Os Técnicos Educacionais também acumulam grandes perdas nos salários. Em 2012 o vencimento dos Técnicos nível 1 era de R$ 746,91 e o salário mínimo era R$ 622,00. Assim, o vencimento era 20,08% maior do que o salário mínimo.

Em 2018 o salário do Técnico nível 1 é de R$ 869,83 no vencimento, enquanto o salário mínimo está em R$ 954,00. Ou seja, atualmente o vencimento do Técnico nível 1 é 9,67% menor do que o salário mínimo.

Se a categoria tivesse recebido pelo menos os reajustes do salário mínimo,
Hoje teria um vencimento 31,7% maior e chegaria a R$ 1.145,56.

Após ouvir todo o relato, Confúcio Moura disse que vai determinar aos secretários para elaborem uma proposta e apresentem à categoria o mais breve possível.

O Sintero está convocando os trabalhadores em educação para a continuidade da luta em todas as Regionais nesta segunda-feira, dia 12/03.

Fonte:Rondôniagora

Marcos Neris

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