Natanael foi detido quando saia de um banco. Com ele, foi encontrado um cartão de credito bancário com um nome falso. A principio, negou ser Natanael, mas depois acabou confessando a identidade.
A prisão ocorreu após uma operação conjunta do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e Polícia Militar.
Um membro do Centro de Inteligência do MP-GO informou ao G1 que Natanael já estava sendo monitorado há alguns dias pela equipe e que estava trabalhando em um depósito de gás de cozinha. A investigação também apura se o estabelecimento pertencia a ele.
Crimes
Natanael, que também é ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi condenado por peculato, coação, entre acusações por destruir provas e suprimir documentos com o objetivo de paralisar a ação da Justiça. O ex-presidente da ALE-RO chegou a queimar documentos e arrancar computadores no momento do cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
A ação é de 2003 e refere-se a provas coletadas em 2001, quando Natanael era presidente da ALE-RO. Cerca de R$ 600 mil teriam sido desviados para contas de empresas de propriedade de Natanael.
Com a quebra do sigilo bancário, foi comprovando ainda que, de janeiro a abril de 2001, mais 55 cheques administrativos, totalizando R$ 207.855 foram desviados, em nome de pessoas físicas diversas. Na época, o ex-deputado justificou que a maioria das pessoas apontadas não tinha qualquer ligação com a Assembleia Legislativa de Rondônia.
Natanael foi condenado em maio de 2010 e desde então vinha tentando recorrer das mais diferentes formas, porém, no dia 11 de fevereiro de 2014 o processo transitou em julgado, ou seja, não caberiam mais recursos.
O ex-presidente da ALE-RO pegou pena de 14 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, além de 170 dias multa no valor de um salário mínimo cada. O mandado de prisão determina o recolhimento do acusado para a Penitenciária Estadual Edvan Mariano Rosendo, conhecida como Urso Panda.
Do Portal G1