Povos indígenas debatem produção de castanha em seminário, em RO

Povos indígenas debatem produção de castanha em seminário, em RO

Os povos indígenas de Rondônia se reunirão na próxima terça (19) e quarta-feira (20), para participar do Seminário de Desenvolvimento Sustentável em Terras indígenas, promovido pelo governo de Rondônia. O evento será realizado no hotel Rondon Palace em Porto Velho.

De acordo com o coordenador dos Povos Indígenas de Rondônia na Sedam, Helinton Gavião, durante o seminário será elaborado o etnozoneamento das terras indígenas de Rondônia. Ou seja, um estudo detalhado sobre as áreas sagradas, de pesca, caça e de outras riquezas naturais que podem ser exploradas de forma sustentável, para planejar o melhor uso do lugar. Em 2010, os suruís se reuniram por três dias e elegeram suas áreas.

Conforme a Sedam, o etnozoneamento está previsto na Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial desde 2012. A experiência de implementação de planos de gestão é um dos itens da programação do primeiro dia do seminário. No segundo, será debatida a produção de castanha. Irão palestrar no seminário representantes dos povos Gavião, Tupari, Pakaás-novos e Zoró, entre outros. Esses povos estão organizados em associações.

Castanha
Na região do Baixo Madeira em Porto Velho , a castanha é explorada pela, Reserva Extrativistas do Rio Ouro Preto e associações de seringueiros de Machadinho do Oeste. A produção tem um potencial de 235,9 toneladas de castanha em casca, caso forem exploradas todas as reservas extrativistas existentes apenas nas áreas de abrangência de suas comunidades. O extrativismo da castanha é de fundamental importância para o Desenvolvimento Sustentável de Rondônia.

De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Rondônia  calcula uma safra de 300 toneladas. Já a Sedam estima um potencial de 120 toneladas e a Associação dos Seringueiros, 270 toneladas de castanha em casca.

Em Ariquemes, a empresa Floresta Produtos Naturais Ltda, processa castanha no estado, segundo os donos. O estoque de 100 toneladas garante matéria-prima ao longo de 2016.

Marcos Neris

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *