Qualidade do Ar – Sedam realiza estudo em Porto Velho

Qualidade do Ar – Sedam realiza estudo em Porto Velho

A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental realizará a partir desta terça feira (19/04) um estudo da qualidade do Ar do município de Porto Velho. O trabalho consiste na realização de Monitoramento Ambiental de Material Particulado total em suspensão, Material Particulado Respirável, O3Ambiente, NO2 Ambiente.

 

O Estudo realizado em parceria com a Termonorte será executado em três pontos do município de Porto Velho. Os pontos foram escolhidos tendo em vista o elevado transito de veículos e a existência de empreendimentos que trabalham com emissão de particulados.

 

Segundo Vilson Machado – Secretário da SEDAM, os processos industriais e de geração de energia, os veículos automotores e as queimadas são, dentre as atividades antrópicas, as maiores causas da introdução de substâncias poluentes à atmosfera, muitas delas tóxicas à saúde humana e responsáveis por danos à flora e aos materiais.

 

“Este estudo cientifico, realizado através de aparelhos de última geração, subsidiará a atualização do Plano de Controle da Poluição Veicular do Estado de Rondônia – PCPV. O Plano foi construído em 2013 e apresentado a população do Estado em 2014, no entanto, naquele momento somente foi possível realizar análises matemáticas baseadas no quantitativo de veículos (frota) de Rondônia.”, explicou Vilson.

 

 

Vilson ainda relata que o PCPV é um instrumento de gestão da qualidade do ar do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (Pronar) e do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). O plano tem fulcro em estabelecer regras de gestão e controle da emissão de poluentes por veículos automotores e fontes estacionárias.

 

 

Tendo em vista que a poluição atmosférica pode ser definida como qualquer forma de matéria ou energia com intensidade, concentração, tempo ou características que possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e à qualidade de vida da comunidade a Termonorte contratou, dentro de seu programa de sustentabilidade ambiental, a empresa RCLF-ME de São Paulo para execução dos serviços.

 

Segundo Kátia Costa – Gerente de Sustentabilidade da Termonorte, de uma forma geral, a qualidade do ar é produto da interação de um complexo conjunto de fatores dentre os quais destacam-se a magnitude das emissões, a topografia e as condições meteorológicas da região, favoráveis ou não à dispersão dos poluentes.

 

“A Termonorte já executa há vários anos este estudo no entorno do empreendimento. Enviamos semestralmente a SEDAM, dentro do Plano de Controle Ambiental – PCA, nossos dados e informações sobre a emissão de particulados. Agora a empresa contribui com o município de Porto Velho, através da execução de um estudo diretamente na zona urbana da cidade.”, explica Kátia.

 

EFEITOS DA MÁ QUALIDADE DO AR

 

Frequentemente, os efeitos da má qualidade do ar não são tão visíveis comparados a outros fatores mais fáceis de serem identificados. Contudo, os estudos epidemiológicos tem demonstrado, correlações entre a exposição aos poluentes atmosféricos e os efeitos de morbidade e mortalidade, causadas por problemas respiratórios (asma, bronquite, enfisema pulmonar e câncer de pulmão) e cardiovasculares, mesmo quando as concentrações dos poluentes na atmosfera não ultrapassam os padrões de qualidade do ar vigentes. As populações mais vulneráveis são as crianças, os idosos e as pessoas que já apresentam doenças respiratórias.

 

A poluição atmosférica traz prejuízos não somente à saúde e à qualidade de vida das pessoas, mas também acarretam maiores gastos do Estado, decorrentes do aumento do número de atendimentos e internações hospitalares, além do uso de medicamentos, custos esses que poderiam ser evitados com a melhoria da qualidade do ar dos centros urbanos. A poluição de ar pode também afetar ainda a qualidade dos materiais (corrosão), do solo e das águas (chuvas ácidas), além de afetar a visibilidade.

 

A gestão da qualidade do ar tem como objetivo garantir que o desenvolvimento sócio econômico ocorra de forma sustentável e ambientalmente segura. Para tanto, se fazem necessárias ações de prevenção, combate e redução das emissões de poluentes e dos efeitos da degradação do ambiente atmosférico.

 

EQUIPAMENTOS DA QUALIDADE DO AR

 

Serão utilizados equipamentos de ponta, semelhantes aos utilizados nos grandes centros, tais como São Paulo e Paraná. Os instrumentos serão dispostos durante 30 dias, sendo colhidas as amostras três vezes ao dia.

 

Todos são calibrados e atendem as normas  preconizadas: Amostrador de grandes    volumes     para   amostragem de  24h  para   material    particulado total em suspensão MPTS. Analisador de partículas respiráveis com análise de partícula de 10um; 2,5um e 1,0um Computador de pulso Digital – Relógio Altímetro e Barômetro, Bussola – SUUNTO {Finlandia} Aparelho Eletrônico para CO com sensibilidade de 1,0ppm e fundo   de escala 1000ppm. Amostrador de gases ambientais para ate três gases simultâneos para amostragem de 24h. N02, S02. Analisador eletrônico de Ozônio 03, com alta resolução com sensibilidade de 0,001ppm e fundo de escala 1,0ppm. Maleta de calibração do HI-VOL em campo. Espirdmetro para aferição em campo do amostrador de gases ambientais; Monitor de temperatura e umidade do ar continuo. Estação Meteorológica OREGON para monitoramento da temperatura umidade relativa velocidade dos ventos e pressão atmosférica e pluviometria.

Marcos Neris

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