Futuro presidente da Câmara admite uso de diploma escolar falso

Presidente Médici, Rondônia – O vereador Gilmar Moura (PMDB), que responde ao processo criminal nº 0004872-07.2012.8.22.0501 , impetrado pelo Ministério Público do Estado em 2012, admitiu, em seu depoimento no inquérito policial , que fez a prova de exame supletivo da Escola Padre Moretti, em Porto Velho, num escritório de contabilidade e que recebeu o diploma pelos Correios sem nunca ter freqneuntado aquela instituição educacional.
Perguntado pela autoridade policial sobre os fatos envolvendo a obtenção do diploma falso, o vereador respondeu : ” no ano de 1999, quando morava na cidade de Ji-paraná , conheceu um rapaz de nome LEONILDO, que informou ao declarante que o mesmo deveria vir até Porto Velho para se matricular na Escola Padre Moretti; QUE posteriormente o declarante veio para Porto Velho, onde se encontrou com LEONILDO em um escritório de Contabilidade para realizar as provas que lhe foram entregues pela pessoa de LEONILDO; QUE dois anos depois recebeu o diploma de conclusão de Ensino Médio através Do SEDEX”.
O vereador , que admitiu ter feito as provas em um escritório de contabilidade, sem nunca ter frequentado uma única aula na Escola Padre Moretti, apresentou o “documento” na própria instituição, devidamente assinado por ele, sendo que o diploma foi apresentado em outros concursos, e também na Faculdade FAROL, de Rolim de Moura. O vereador Gilmar, que foi eleito em 17 de maio último – com antecedência de dezenove meses – para presidir a Câmara de Vereadores do município no biênio 2015/2016, está sendo processado criminalmente na justiça pelo MP, acusado de ter infringido o artigo 297 do Código Penal, por falsificação de documento público.
Segundo a denúncia do MP, entre os meses de outubro e novembro de 2011 , ele teria “falsificado documento público, consistente em documentos comprobatórios de escolaridade, tais como certificados de conclusão de ensino médio e históricos escolares”, para serem utilizados no concurso público de agente penitenciário e sócio educador; sendo que fez usos destes no referido certamente perante a comissão do concurso.
O processo foi aberto em 2012, mas a denúncia só foi recebida pela 2ª Vara Criminal de Porto Velho no dia 19 de junho último, um mês após o vereador ter sido eleito presidente da Câmara para o biênio 2015/2016. A audiência de instrução, que estava marcada para 14 de novembro último, foi remarcada para o dia 23/01/2014.
Fonte:Tudo Rondônia