Ouro Preto: BB é condenado a indenizar cadeirante que esperou quase duas horas na fila

Ouro Preto: BB é condenado a indenizar cadeirante que esperou quase duas horas na fila

O Banco do Brasil foi condenado a indenizar em R$ 1 mil um cliente portador de necessidade especial que passou quase duas horas na fila para pagar um boleto bancário na agência de Ouro Preto do Oeste, segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

De acordo com informações do TJ-RO, através da Comarca de Justiça de Ouro Preto do Oeste o cliente diz que chegou à agência para fazer o pagamento e pegou a senha de atendimento às 10h55 e só foi atendido às 12h41. O tempo para atendimento ao cliente excedeu ao que limita a Lei municipal nº. 726, de Junho de 1999, que diz o tempo de espera para atendimento superior a 30 (trinta) minutos em dias normais e 45 (quarenta e cinco) em vésperas ou após feriados prolongados. O cliente alegou na sua reclamação que a situação causou irritação, estresse e perda de tempo.

No relato, o juiz de Direito Maximiliano Darcy David Deitos, disse que a falha seria perfeitamente evitável, se fossem feitos investimentos, priorizando-se mais atendimento. Ele diz também que o atendimento é falho em toda rede bancária de Ouro Preto do Oeste.

O juiz escreveu ainda que o Banco do Brasil, sendo um dos principais bancos do país, e por conta da propaganda que faz, tem o dever de tratar com respeito às pessoas. Respeitá-las é poupá-las de cansativas esperas, que exigem esforços físicos e não prejudicar-lhes em seus outros compromissos diários. Se conquista, convida, cativa, cria para si a responsabilidade. Assim, tem o dever jurídico e moral de ser eficaz e, principalmente, seguro. Ser eficaz especialmente nos dias de maior movimento.

O magistrado relatou ainda que a defesa do banco não é suficiente para comprovar que o cliente tenha sido atendido em menos tempo, já que o mesmo comprovou o tempo em que pendurou na agência. Ademais, o mal atendimento prestado pela requerida, vem sendo noticiado em diversas ações, sentenciou o magistrado que concluiu – a punição sirva para que o banco do Brasil através da sua gerencia tome as devidas providencias e melhore o atendimento aos clientes.

Um fato que chamou a atenção é que durante a audiência o banco do Brasil não compareceu com o advogado o que prova o descaso da instituição bancaria com a Justiça e principalmente os clientes. A reportagem procurou a gerencia da agência, mas não foi atendido para falar sobre o fato.

 

Por: Gazeta Central

    Marcos Neris

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *