‘Até o meu último suspiro, quero saber a verdade’, diz mãe de pernambucana morta na Nicarágua
Amigos e parentes da pernambucana Raynéia Lima, de 30 anos, morta naNicarágua, se despedem dela no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife, nesta sexta-feira (3). A jovem foi enterrada por volta das 11h. Durante o velório, a mãe da estudante de medicina, a aposentada Maria José da Costa, afirmou que vai lutar para saber o que aconteceu.
“Até o meu último suspiro, quero saber a verdade. Ela vai ter que aparecer”, disse.
“Ela teve que perder a vida para essa crise na Nicarágua ficar conhecida. Espero que a morte dela venha para resolver esse conflito de lá. Quero escobrir quem foi realmente que matou e o país pagar por isso”, afirmou a aposentada.
Emocionada, a mãe levou para o velório uma cópia do diploma de Raynéia, que estava concluíndo a faculdade e fazia residência médica em um hospital de Manágua, capital do país da América Central. O documento foi uma homenagem póstuma da universidade. Ela foi morta a tiros no dia 23 de julho, quando deixava o plantão.
Sem querer chegar perto do caixão, ela prefere lembrar de Raynéia viva e feliz por realizar o sonho de ser médica.
“Quero guardar a imagem dela sempre viva dentro de mim. Ela foi para realizar o grande sonho da vida dela. Foram seis anos de sacrifício e eu, daqui, empurrava ela com a minha perseverança. Reconheceram que ela foi pra lá com o intuito de ser uma grande médica que mandaram o diploma da minha filha. Isso não tem dinheiro nenhum que compre”, disse, emocionada.