Acusados de matar família Gonzales em RO são condenados
Os quatro homens acusados de matar Agnaldo da Silva Gonzales, Gleiciane do Amaral Teotoni e o filho deles, Matheus do Amaral Gonzales, de 5 anos, foram condenados a mais de 30 anos de prisão, cada um, pelo crime. A família, moradora de Monte Negro (RO), a 250 quilômetros de Porto Velho, desapareceu em julho de 2012. Os corpos nunca foram encontrados.
Cerca de 50 dias após o desaparecimento, a Polícia Civil (PC) prendeu João Luiz de Souza, o ‘Luizão’, vizinho de Agnaldo, apontado como mandante do crime; seu filho, Fabiano Andreotti de Souza, o ‘Polaco’, acusado de planejar e executar a família; Dione Henrique de Souza, o ‘Di’, denunciado por auxiliar Fabiano; e José Aparecido de Oliveira, o ‘Zé Badocha’, que mantinha contato com Lorivaldo Pereira de Oliveira, o ‘Neguinho do Mato Grosso’, este último acusado de ter planejado o sequestro e execução das vítimas.
Lorivaldo foi preso em outubro de 2012, em Humaitá (AM). João Luiz de Souza foi condenado a 37 anos e 2 meses de prisão; Fabiano Andreotti de Souza a 35 anos e 2 meses; José Aparecido de Oliveira a 35 anos e 2 meses e Lorivaldo Pereira de Oliveira a 43 anos. Os quatro homens foram considerados culpados pelos crimes de extorsão qualificada pela privação da liberdade com resultado morte, falsidade ideológica, uso de documento falso, ocultação de cadáver e formação de quadrilha armada. Dione Henrique de Souza foi absolvido.
Lorivaldo, considerado como “peça chave” do caso foi morto numa troca de tiros com a polícia em fevereiro deste ano, após fugir da Casa de Detenção de Ariquemes. O confronto aconteceu cinco dias após a fuga, na zona rural de Machadinho D’Oeste (RO).
O caso
A família morava numa propriedade rural e foi vista pela última vez no dia 29 de julho de 2012. Dias depois do desparecimento, o carro da família foi encontrado incendiado, na região do assentamento Élcio Machado, que fica no limite entre os municípios de Monte Negro e Buritis, cerca de 15 quilômetros de distância do lote do casal.
De acordo com a PC a família deve ter sido morta no dia que foi registrada como desaparecida. O interesse pelos bens da vítima, que possuía dois lotes de terras, cerca de 400 cabeças de gado, uma moto e um carro, teria motivado o crime. Buscas foram realizadas, mas os corpos não foram localizados.
Fonte:G1