Vilhena: Homem que matou pedreiros é condenado

Vilhena: Homem que matou pedreiros é condenado

Os acusados de terem assassinado dois pedreiros por engano, em novembro de 2014, foram julgados nesta quinta-feira (12) no Fórum de Justiça Desembargador Leal Fagundes, em Vilhena (RO). Após cerca de 7 horas de julgamento, Wanderson Rodrigues da Silva foi condenado a 18 anos de prisão e Leandro Cavichioli foi absolvido da acusação.

O julgamento começou pela manhã e as sentenças foram proferidas por volta de15h45. Os jurados aceitaram a tese defensiva de não autoria dos crimes por parte de Leandro Pereira Cavichioli, absolvendo-o da acusação.

Já o outro acusado, Wanderson Rodrigues da Silva, foi condenado a 18 anos de reclusão em regime fechado pelas mortes de dois pedreiros. Em entrevista, o advogado do réu, George Barreto Filho, diz que não pretende recorrer da decisão.

“Não vislumbro possibilidade de recurso, tendo em vista que houve a confissão e a materialidade do crime. Acenei ao acusado sobre a possibilidade de uma redução de pena, por conta de uma possível delação premiada, porque o primeiro depoimento dado por ele em sede de inquérito policial foi bastante detalhado, mas no decorrer do processo ele não confirmou, não ratificou o seu primeiro depoimento, muito pelo contrário, foi bastante confuso nas outras fases do processo”, aponta o defensor público.

Mais dois envolvidos, identificados pela Polícia Civil como Vagner Ângelo e José Cláudio da Silva, ainda estão foragidos e serão julgados à revelia.

O caso

 

Dois homens foram assassinados enquanto trabalhavam na reforma de uma casa no Bairro Jardim Universitário. De acordo com a Polícia Militar, as vítimas estavam no interior da residência, quando dois homens encapuzados chegaram, em um carro preto, entraram armados no local e efetuaram mais de cinco disparos.

Wanderson foi preso no dia seguinte ao crime, suspeito de ter participado da execução dos pedreiros. Leandro foi preso uma semana depois. Conforme o processo, Cavichioli seria o mandante do crime. A Polícia Civil apontou com o fim das investigações que o motivo para o homicídio seria desentendimentos por terras.

O alvo dos disparos era Dagoberto Moreira, que após a tentativa de homicídio, saiu da cidade de Vilhena e, em janeiro deste ano, retornou para resolver problemas pessoais. No dia 19 de janeiro, Dagoberto desapareceu e a esposa dele registrou um Boletim de Ocorrências na 1ª Delegacia de Polícia Civil.

Cinco dias após o registro do caso, no dia 26 de janeiro, o contador foi encontrado morto próximo de uma linha rural. De acordo com a polícia, a vítima foi morta com cinco tiros na cabeça e provavelmente teria caído em uma emboscada.

 

Fonte:G1

Marcos Neris

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