Faculdades de medicina de Rondônia negam denúncia de compra de vagas

Faculdades de medicina de Rondônia negam denúncia de compra de vagas

Quatro faculdade de medicina afirmam não acreditar que fraude seja possível.

As quatro faculdades de medicina em Rondônia negaram as denúncias de compra de vagas nas instituições, que foram feitas durante reportagem exibida nesta terça-feira (10) no Bom Dia Brasil. A matéria aponta possíveis fraudes nos vestibulares em vários estados brasileiros. As vagas anunciadas pela internet custavam até R$ 90 mil.

A diretora da Faculdade São Lucas explicou que as tentativas de fraude são comuns e que por isso a instituição precisou aprimorar as técnicas de identificação. “Desde 2010 nós fazemos a identifcação biométrica. Além da impressão digital tem a impressão facial, então é impossível que outro indivíduo venha fazer vestibular no lugar do candidato, mesmo que ele faça por outro, o aluno não conseguir cursar a faculdade, sendo que outra pessoa tenha feito o vestibular”, explica Maria Eliza de Aguiar e Silva, diretora geral da Faculdade São Lucas.

O diretor da Faculdade Fimca, Aparício Carvalho, admite a fragilidade e diz que fraudes podem ocorrer. “Você vai comparar a identidade com a pessoa, mas esse documento é analisado na entrada do vestibular. Agora fraudes existem em todos os lugares e às vezes pode passar despercebido um caso desses, mas não que a faculdade seja parceira”, afirma Aparício Carvalho, diretor geral da Faculdade Fimca.

A coordenadora do processo seletivo da Universidade Federal de Rondônia(Unir) diz que não acredita que a situação possa ocorrer na instituição. Há três anos o acesso aos cursos acontece por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Para saber se é o candidato ou não é verificado a documentação. Há dois fiscais, o Inep está junto na sala de aula na hora do exame”, conta Lilian Maria Moser, coordenadora do processo seletivo da Unir.

 

Os alunos da Unir se dizem indignados com a possibilidade de pessoas ingressarem de forma errada no curso de medicina. De acordo com Rodrigo Almeida, conselheiro do Conselho Regional de Medicina (Cremero), o órgão nada pode fazer quanto ao possível problema e que Rondônia está mais sujeito a este tipo de ação porque é o estado que concentra o segundo maior número de vagas para o curso de medicina do país, se comparado ao número de habitantes.

“A gente acha que é extremamente temerário ver um profissional que tem que priorizar a ética, a moral e já entrar (no curso) dessa maneira dentro da faculdade. Maneira desonesta. A gente espera que os suspeitos sejam investigados pela polícia, punidos e que isso não mais se repita”, fala Rodrigo.

Marcos Neris

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *