Irã reconhece ter derrubado avião de passageiros ucraniano por "erro humano"

Irã reconhece ter derrubado avião de passageiros ucraniano por "erro humano"
Irã reconhece ter derrubado avião de passageiros ucraniano por "erro humano"

“Um dia triste. Conclusões preliminares da investigação interna das Forças Armadas: O erro humano em tempos de crise causado pelo aventureirismo dos EUA levou ao desastre. Nossos profundos arrependimentos, desculpas e condolências ao nosso povo, às famílias de todas as vítimas e a outros afetados”, afirmou o chanceler Mohammad Javad Zarif

O Irã anunciou neste sábado que seu Exército “abateu involuntariamente” um avião de passageiros ucraniano, o que causou a morte das 176 pessoas que viajam nele.

A declaração feita pela TV estatal atribui o episódio a um “erro humano”. A mesma mensagem destaca que as partes responsáveis serão responsabilizadas.

De acordo com o mesmo comunicado, o avião civil voava próximo a um posto sensível do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e acabou sendo confundido com uma possível ameaça.

Em sua página no Twitter, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, declarou que a tragédia é culpa pela crise iniciada pelo “aventureirismo dos EUA”.

“Um dia triste. Conclusões preliminares da investigação interna das Forças Armadas: O erro humano em tempos de crise causado pelo aventureirismo dos EUA levou ao desastre. Nossos profundos arrependimentos, desculpas e condolências ao nosso povo, às famílias de todas as vítimas e a outros afetados”, afirmou Zarif.

O avião, um Boeing 737 operado pela Ukrainian International Airlines, caiu nos arredores de Teerã durante a decolagem algumas horas depois que o Irã lançou uma série de mísseis contra forças americanas estacionadas em bases militares no Iraque.

O Irã negou por vários dias que um míssil lançado por suas forças de segurança fosse a causa do incidente. Mas os Estados Unidos e o Canadá, baseados em informações de inteligência, disseram acreditar que o Irã derrubou a aeronave.

O avião, que que tinha como destino final a capital ucraniana de Kiev, transportava 167 passageiros e nove tripulantes de vários países, incluindo 82 iranianos, pelo menos 57 canadenses e 11 ucranianos, segundo as autoridades.

Marcos Neris

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