Zagueiro Adventista do Vitória vive impasse por conta de religião

Zagueiro Adventista  do Vitória vive impasse por conta de religião
O zagueiro, Vinícius, do Vitória vive um impasse em sua carreira. O atleta é adventista, religião que orienta que a pessoa não trabalhe ou faça qualquer atividade no período entre o pôr do sol de sexta-feira até o pôr do sol de sábado. Em entrevista ao Uol Esportes, publicada nesta segunda-feira, o atleta explicou como convive com a situação.

“O primeiro mandamento é guardar o sábado. A base que eu tenho agora é a da religião, para eu ficar bem espiritualmente preciso disso. É o momento só de refletir, de orar a Deus. Por enquanto está difícil conciliar isso, eu não consigo. Eu fico chateado, pecado é pecado de qualquer jeito, sei que estou pecando por não estar guardando o sábado. Mas o pai da minha namorada é pastor, eu converso com ele e ele diz para ter paciência, não ficar apavorado”, declarou.

 
Em fevereiro deste ano, Vinícius realizou teste no Sevilla, da Espanha. E seu primeiro pedido no clube espanhol foi a possibilidade de ser liberado aos sábados.

“A primeira coisa que eu perguntei para o presidente quando cheguei lá é se teria como guardar o sábado. E ele foi tranquilo, disse que aceitaria de boa. Lá é tudo muito respeitoso quanto à religião. E a maioria dos jogos é aos domingos. Eu poderia perder o treino do sábado que é só um recreativo, algo mais simples preparatório para o jogo”, relembrou.

 
Antes de se converter, Vinícius revelou que era um exímio boêmio. Agora, ele garante que não sente mais falta da vida de “baladeiro”.
 
“Eu saía muito para festas, bebia e saia muito. Antigamente tinha horas que eu não queria saber de nada, qualquer hora era para sair, fazer folia, era só chamar que eu ia, e eu chegava virado no treino. Isso atrapalhou um pouco, o rendimento estava caindo. Meu treinador conversou comigo e disse que eu tinha que dar uma parada. Ele perguntou: ‘você quer ser jogador boleiro ou jogador profissional? Tem que saber o momento certo de curtir’. Com o tempo fui parando, hoje não sinto falta de sair”, concluiu.

Marcos Neris

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