Divulgados pela Cemaderon, impressos com pedido de voto a evangélicos da Assembleia de Deus tem o CNPJ de Agnaldo Muniz

Divulgados pela Cemaderon, impressos com pedido de voto a evangélicos da Assembleia de Deus tem o CNPJ de Agnaldo Muniz

Da reportagem do Tudorondonia

Preocupado com o avanço de outros candidatos evangélicos, o candidato a deputado federal Agnaldo Muniz (PSC) decidiu reagir e acabou criando um constrangimento para a Igreja Assembleia de Deus, congregação da qual é membro.

Agnaldo mandou imprimir na Grafnorte, em Porto Velho, cinco mil folhetos com declaração de apoio da Convenção Estadual de Ministros da Assembleia de Deus (Cemaderon) à sua candidatura e incluiu no panfleto a foto de Marcelo Cruz (PSC), candidato a deputado estadual, que foi pego de surpresa ao ver seu retrato na propaganda eleitoral.

Marcelo, no entanto, não quer falar sobre o caso. Procurado pela reportagem, ele se limitou a dizer que não comentaria o fato.

O Tudorondonia apurou que Agnaldo Muniz mandou confeccionar os folhetos na Grafnorte porque teme o avanço do candidato Nilton Capixaba (PTB) no voto evangélico e também está preocupado com a peformance de outros candidatos de sua coligação à Câmara federal, no caso José Bianco (DEM) e Mariana Carvalho.

Mas, com o panfleto, a idéia e marcar terreno, mostrando aos irmãos evangélicos o apoio que a Cemaderon está dando à sua campanha.
A entidade é presidida pelo pastor Nelson Lutenberg, sogro de Agnaldo Muniz e um dos principais apoiadores de sua campanha no meio evangélico.

Como determina a Lei Eleitoral, o panfleto de Agnaldo Muniz tem o seu CNPJ (20.583.677/0001-07)como contratante dos serviços gráficos .
O problema com a divulgação do panfleto surgiu quando o jornalista Alan Alex, da coluna Painel Político, denunciou que a Cemaderon, um órgão privado mas que recebe dinheiro público, estava sendo usada em campanha eleitoral para favorecer a campanha gênro do pastor Nelson, no caso, Agnaldo Muniz.

O Ministério Público Eleitoral havia enviado recomendado oficialmente às igrejas evangélicas e a seus dirigentes para que não permitam a utilização dessas congregações para fazer campanha eleitoral.

Para divulgar que a Cemaderon de fato está apoiando sua candidatura, Agnaldo Muniz mandou imprimir os panfletos e colocou também a foto do candidato Marcelo Cruz porque este foi, de fato, escolhido pela Cemaderon como candidato “oficial” da Igreja Assembleia de Deus à Assembleia Legislativa. Para a Câmara Federal, o escolhido foi Agnaldo, genro do presidente da entidade religiosa.

Marcos Neris

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