Acusado de matar criança em ritual é condenado a 22 anos de prisão em RO

Acusado de matar criança em ritual é condenado a 22 anos de prisão em RO

Josiel dos Santos Costa, acusado de matar um menino de cinco anos em Machadinho D’Oeste (RO), num suposto ritual satânico em abril deste ano, foi condenado pelo júri popular a 22 anos e quatro meses de prisão, no regime fechado. O réu foi preso em flagrante e confessou a autoria do crime. A avó da criança, Nilzete Ribeiro da Silva, também acusada de envolvimento no homicídio, entrou com um recurso e aguarda a decisão da Justiça sobre seu julgamento.

Na época do crime, Josiel disse à polícia que não sabia dizer os motivos do assassinato, pois estaria sob o efeito de bebida alcoólica. Já Nilzete alegou ter sido agredida pelo acusado e fugido de casa. No entanto, as investigações apontaram que a avó do menino estava na residência na hora do suposto ritual e nada fez para impedir a morte da criança.

Entenda o caso
O menino de cinco anos foi morto na noite de 28 de abril deste ano, na zona rural de Machadinho D’Oeste. Conforme a polícia, a criança foi encontrada sobre uma mesa, com as mãos amarradas para trás e com um fio feito de papel de bala amarrado no pescoço, onde também havia um corte. Em volta da vítima havia temperos, como cebola e alho, bem como uma imagem sacra e um espelho quebrado. Josiel foi preso em flagrante na tarde seguinte ao crime e confessou a autoria do homicídio.

De acordo com as investigações, o menino era criado pelos avós, que trabalhavam como caseiros em uma propriedade rural. A avó, Nilzete, relatou à polícia que recebeu Josiel na residência porque o homem teria alegado que foi contratado pelo proprietário das terras para colher café e, por isso, precisaria de abrigo. Ela disse que após receber Josiel, começou a ser agredida e tentou fugir levando a criança, mas foi impedida.

Ao longo das apurações, foi constatado que o depoimento de Nilzete apresentava informações desencontradas e a polícia concluiu que a avó estava na residência na hora do homicídio e nada fez para impedir o crime. Ela foi então então indiciada e depois denunciada pelo assassinato. A Justiça decidiu que a mulher deveria ir a júri popular, mas a defesa recooreu da decisão. Nilzete aguarda o posicionamento do Judiciário.

O avô também estava na cidade no dia do crime, mas, segundo a polícia, não tem envolvimento no caso.

 

 

Fonte:G1

Marcos Neris

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *